terça-feira, 11 de maio de 2010

O CHOQUE COM A REALIDADE




A vida é bela, mas é desafiadora e por se tratar de um desafio, de um permanente processo de renovação, embora, paradoxalmente, envelheçemos a cada dia que passa sempre enfrentando novos desafios. É como um rio, cujas águas são sempre diferentes. Pois a educação a cada minuto nos desafia e nos coloca diante de decisões que vão nos caracterizando, nos definindo, nos fazendo entender de que lado estamos e a quem servimos.


Digo isto porque o estágio no "IERP" e todo este momento turbulento e enfervecedor que vivo, si tornou um desafio, um obstaculo a ser superado e um adversário a ser vencido. Fato é que a visão da realidade escolar, do ponto em que está a educação nos choca, nos deixa perplexo, indignado, é algo que mexe com agente e dependendo dos valores que cultivamos, dos pensamentos e sobretudo, de nossas ações. Por mais que se queira, não há como fugir dessa incômoda realidade. Se quisermos viver com dignidade e utilidade, temos que preencher estas lacunas com atos e fatos que contribua significativamente para o bem de todos na sociedade. E isto para mim é só o que podemos e o que nos compete fazer.


Não vamos procurar culpados, pois não somos nós os culpados, e também não sei se alguem é culpado ou si não existe culpados, fato é que a educação pede socorro. E se nos entristece o fato da dura realidade, cabe aqui agora recomecarmos e criarmos os meios para "ressuscitar" a educação que é para os esperançosos um passaporte para a liberdade. Sei que não somos herois e não quero e não pretendo ser, mas do jeito que está será que pode ainda piorar?


Após experiência de uma semana de estágio no "IERP" pude perceber o quanto a sociedade necessita de educadores comprometidos, não que lá não tenha; digo dos alunos que urgentimente precisam de "EDUCAÇÃO" de FAMÍLIA, de SOLIDARIEDADE. Mas não fugimos da raia, pois com grande vontade de servir, de ser ultil e de cumprir com as nossa obrigações, é que estamos superando o medo, os obstaculos, os desafio da profissão. Tenho certeza que de minha parte e da parte dos meus companheiros, empenho não tem faltado, se ainda nos falta experiência profissional, ou se o cançaso nos limita. Não nos falta força de vontade para fazer sempre o melhor, com indubitável espirito critico e reflexão de sua praxis.


Ressalto aqui também neste breve comentário a forte crise e o corte que se dá neste processo de aprendizado aqui na "UESB" entre as ideias criadas durante a formação inicial e a rude realidade do dia-dia numa sala de aula; Isto por que é muito forte a separação entre o ideal e o real, ou seja entre a teoria e a pratica; E ainda outra coisa, é que a passagem de aluno a professor tem sido para mim uma mudança dificil, haja vista, que o desenvolvimento integral dos alunos passa por nossas mãos.


Em suma agradeço a minha companheira Eliana de Jesus, que ao meu lado tem demostrado uma grande paciência, sabedoria, inteligência e dedicação neste honroso e imprescindível trabalho.



Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (Freire, 1996, p. 14).







Um comentário:

  1. Oi Xavier,

    Você traz reflexões importantes sobre a experiência de estágio na instituição. Sua fala retrata o que estudamos na última aula sobre a aprendizagem inicial da docência. Percebemos como é conflituosa a entrada de um adulto jovem na carreira docente , numa sociedade em mudança. Você está vivenciando um período de medos e de tateamento. Esse choque indica o corte entre os ideais criados na formação inicial e a rude realidade da escola no seu dia a dia. É preciso mapear as problemáticas e buscar referenciais teóricos para a compreensão da mesma. Sem reflexão e pesquisa sobre a prática, não avançaremos na formação.

    Socorro

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